Saúde em família



          Gordurinha demais, apesar de comum na infância, é sinal de perigo. Descubra o que fazer para dar ao seu filho um futuro mais leve e saudável. Nos últimos anos, a quantidade de crianças e adolescentes acima do peso tem aumentado de maneira alarmante. E os pediatras avisam: a falta de exercícios e a alimentação inadequada são os grandes culpados pelos quilos a mais. Para reverter esse quadro, só há uma saída: incorporar uma rotina saudável à vida da sua família. Veja como: 


Estimule bons hábitos alimentares: 
- Ofereça frutas, legumes e verduras para seu filho desde pequeno. Assim ele não estranha o sabor e a textura desses alimentos.  
- Decore o prato de comida, deixando-o mais atraente.  
- Convide a criança para preparar a lancheira com você. Explique a importância de cada alimento e quais os benefícios que eles trazem para o seu corpo.  
- Pique os vegetais e as frutas em formatos divertidos, como bichinhos, flores e estrelas. Dessa forma, comê-los passa a ser divertido.   
- Chame seu filho para ajudá-la na cozinha. Peça que ele lave algumas verduras ou frutas com você.  
- Se a criança se recusar a comer determinado alimento, não grite e nem faça ameaças. Combine com ela uma nova tentativa e explique, mais uma vez, a importância de uma boa alimentação. Ofereça-o novamente alguns dias depois, e não desanime diante da recusa. Tente várias vezes, até que ela aceite experimentar e acabe gostando do novo sabor! 
- Dê o exemplo. De nada adianta impor uma alimentação saudável para a criança se os pais se alimentam de forma inadequada.  
- Na hora da refeição, reúna a família e desligue a televisão. Faça da ocasião um momento agradável e descontraído.  
- Jamais use a comida para premiar o bom comportamento nem proíba a criança de comer 
algo como castigo. 

Incentive a prática de exercícios:
- Nos finais de semana, procure fazer passeios que envolvam toda a família, como andar de bicicleta ou jogar bola na praça.  
- Evite matricular seu filho em diversas atividades, como aulas de natação, judô e futebol, e sobrecarregá-lo com horários e metas a cumprir. Mostre para a criança que um esporte deve ser praticado por prazer e não por obrigação.  
- Proponha brincadeiras divertidas e que ainda gastam energia, como pega-pega, esconde-esconde ou queimada. 

Os riscos da obesidade infantil para a saúde: 
- Diabetes: o aumento de peso provoca alterações na insulina, que controla as concentrações de açúcar no sangue.  
- Colesterol alto: o excesso de gordura na corrente sanguínea favorece a formação de placas nas artérias, aumentando as chances de doenças cardíacas na fase adulta. 
- Problemas ortopédicos: por causa do excesso de peso, as crianças obesas apresentam alterações na curvatura dos joelhos, pernas e tornozelos. Os desvios na coluna são comuns também.
Fonte: Sadia


Fonte: Mundo sem dor


Confira abaixo as causas, consequências e tratamentos para obesidade infantil, listados pelo médico:
- As principais causas de obesidade infantil são sedentarismo, dieta inadequada, fatores genéticos e, na minoria dos casos, alterações hormonais;
- Pais obesos podem influenciar nos hábitos de alimentação do filho, levando à obesidade infantil. A orientação dietética correta já deve ocorrer logo que a criança começa a comer à mesa com os adultos, por volta dos dois ou três anos. Os hábitos que adquirir nessa fase são levados por toda a vida;
- A obesidade deve ser combatida, pois acredita-se que a quantidade de adipócitos (células que armazenam gordura) é definida durante a infância;
- Também gera alterações psicológicas, como baixa autoestima, levando à solidão, tristeza, nervosismo e, até mesmo, depressão. Existe a possibilidade desses problemas continuarem ao longo da vida adulta;
- As principais doenças relacionadas à obesidade infantil são alterações na glândula tireóide e outras ligadas às síndromes ovarianas;
- O pediatra pode detectar o problema por meio do acompanhamento constante dos pequenos, analisando peso e altura ideais de acordo com a idade e o sexo;
- A lista de maneiras de combater a obesidade infantil conta com prática de atividades físicas; diminuição do sedentarismo por meio de restrições ao tempo de televisão, uso de videogames e Internet; além de uma dieta balanceada;
- É fundamental o acompanhamento de um nutricionista, porque pode prescrever uma dieta compatível com as características e necessidades da criança ou adolescente, a partir de exames e análise do histórico familiar;
- Acredita-se que a partir dos 15 anos a cirurgia para perda de peso possa ser indicada. Mas cada caso deve ser avaliado individualmente; 


Alimentação infantil; Mitos e verdades:

- Jantar muito tarde provoca sono agitado nas crianças? A chance de isso acontecer é grande, principalmente se a refeição for rica em gordura, que leva mais tempo para ser digerida, e a criança for para a cama logo depois de comer. Durante o sono, o organismo funciona mais lentamente e isso inclui a digestão. O estômago, então, fica mais pesado e chega a incomodar. “Já uma refeição com baixo teor de gordura leva pelo menos duas horas para ser digerida”, afirma Ary Lopes Cardoso, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, em São Paulo. “Após esse período a criança pode se deitar tranqüilamente”, completa o médico.

- É melhor comer frutas com ou sem casca? “O mais indicado é consumi-las com casca, quando possível, porque ela é uma ótima fonte de fibras”, garante Fábio Ancona Lopes, especialista em alimentação infantil da Unifesp. Mas enfatiza: as frutas devem ser muito bem lavadas em água corrente e com a ajuda de uma escovinha, para que fiquem livres de resíduos de agrotóxicos, substâncias extremamente prejudiciais.

- É verdade que alimentos crus e duros ajudam a desenvolver a musculatura infantil? “Sim, eles estimulam a mastigação, fortalecendo os músculos da boca e facilitando a fala”, diz Renata Cocco, pediatra da Unifesp. Quando introduzir a sopa na dieta do bebê, em vez de bater os ingredientes no liquidificador, experimente passá-los na peneira. Depois que seu filho estiver mais crescido, amasse os alimentos com um garfo para que possam ser mastigados. E, assim que alguns dentes tiverem nascido, ofereça alimentos crus, como a cenoura e a maçã, em pequenos pedaços — esta última dica, aliás, vale para a alimentação do resto da infância e da adolescência. 

- O leite de soja pode substituir o de vaca? “Sim, se o problema for intolerância à lactose”, explica Renata Cocco. “Se não, o de vaca é melhor, porque tem mais cálcio.” É bom saber, ainda, que um grupo de proteínas do leite de vaca, as caseínas, pode provocar reações como urticária. Por isso, em caso de dúvida, consulte o pediatra. Só ele pode recomendar o tipo de leite mais adequado para a alimentação do seu filho.

- Alimentos com corantes causam alergia? A resposta é não para a grande maioria dos baixinhos. Além dos corantes, os espessantes e os conservantes, encontrados nos produtos industrializados, também são mal-afamados. “Mas testes comprovam que apenas 5% dessas substâncias estão relacionadas a crises alérgicas”, revela a pediatra Renata Cocco. “Já os alérgicos ao ácido acetilsalicílico, componente da aspirina, precisam tomar cuidado, porque tendem a apresentar reações a aditivos alimentares.”

- Leite fermentado ajuda a combater a diarréia? “Sim, os lactobacilos presentes no leite fermentado competem com as bactérias nocivas no organismo, modificando e colonizando a flora intestinal com germes benéficos”, informa o nutrólogo Mauro Fisberg, de São Paulo. Assim, a inclusão desse tipo de bebida na alimentação infantil pode abreviar a duração da diarréia. Se o problema persistir, procure o pediatra.
Fonte: Abril